
Quanto mais você se entrega a um vício, menos obtém o que espera conseguir com ele. A compulsão conduz a um vazio que anula qualquer possibilidade de prazer ou gratificação. Para não sucumbir é preciso “limitar a dose”, sair aos poucos, recobrar as gratificações que existiam antes da desvairada entrega ao indutor químico. Quando a droga não faz mais efeito, tudo fica pior do que antes. E sempre chega esse momento, em que a impossibilidade de conseguir algum efeito com ela se constitui na faceta mais dolorosa de uma realidade que se queria evitar.
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Publicado por Chico Viana
Chico Viana (Francisco José Gomes Correia) é professor aposentado da UFPB e doutor em Teoria da Literatura pela Universidade Federal do Rio de Janeiro. Em sua tese, publicada com o título de O evangelho da podridão; culpa e melancolia em Augusto dos Anjos, aborda a obra do paraibano com o apoio da psicanálise. Orientou cerca de 37 trabalhos acadêmicos, entre iniciação científica, mestrado e doutorado, e foi por dez anos pesquisador do Conselho Nacional de Pesquisa (CNPq). Desde muito jovem começou a escrever nos jornais de João Pessoa, havendo mantido coluna semanal em A União e O Norte. Publicou cinco livros de crônicas.
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